Durante a gestação o organismo sofre diversas alterações fisiológicas e hormonais, o que acarreta em um aumento das necessidades de diversos nutrientes, como o cálcio, vitamina D e ferro. Isso pode gerar uma competição entre o que a mãe precisa e o que bebê precisa para o seu desenvolvimento, levando a um desequilíbrio fisiológico.
O primeiro trimestre é marcado por essas grandes alterações e é comum sintomas de náusea, enjôos, azia e constipação. A nutrição auxília no controle e manejo destas intercorrências, além de prevenir deficiências nutricionais marcantes nessa fase.
O segundo trimestre se inicia na 13ª semana e vai até a 27ª. Nesse período a mamãe começa a aumentar o depósito de gordura, o bebê começa a crescer mais rapidamente e também se torna mais ativo. A alimentação nessa fase tem um papel fundamental, pois com 16 semanas o bebê começa a sentir gosto e com 24 semanas desenvolve uma sensibilidade olfativa. É a fase mais importante quando falamos dos cuidados alimentares, pois é quando a formação do paladar do bebê inicia.
Na reta final da gestação, a mãe começa a apresentar uma quebra do tecido de gordura para um rápido crescimento do bebê, além de novas alterações hormonais que preparam o corpo materno para o parto. O ganho de peso acontece de maneira mais acentuada e é importante a avaliação alimentar para que esse ganho de peso não seja em excesso.
A atenção com o ganho de peso é extremamente importante, já que o sobrepeso na gestante pode acarretar sérios problemas, como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, macrossomia, sofrimento fetal, trabalho de parto prolongado, parto cirúrgico, restrição de crescimento intrauterino e prematuridade.
Vale lembrar que durante o período gestacional a mulher inevitavelmente irá ganhar peso, no entanto, uma alimentação saudável, sem cometer excessos ou privações, reduzirá riscos e complicações, além de garantir saúde adequada para a futura mamãe e o bebê.