Durante a prática da obstetrícia houve a percepção de que muitos aspectos precisavam ser trabalhados para que a mulher tivesse uma experiência completa antes, durante e depois do evento do parto. Enxergar as muitas falhas no processo foi fundamental na busca por algo que desse à mulher o direito de viver a experiência da maternidade de maneira extraordinária.
As muitas indagações, pesquisas e estudos nos mostraram que o medo era o maior vilão nesse contexto. O medo paralisante, tanto por parte dos profissionais quanto das gestantes.
Neste sentido, entendemos que o ponto chave seria oferecer informações adequadas na intenção de dar o suporte necessário para que a mulher minimizasse os medos e, munida de conhecimentos, estivesse pronta para viver a experiência do parto de outra maneira, ressignificando esse momento tão especial.
Nossa existência se deu principalmente para devolver à mulher a possibilidade de viver a experiência do parto como algo significativo, singular e especial, como deve ser.
O evento do parto, independente da nomenclatura utilizada (normal, cesárea, natural…), precisa ser visto como um momento de respeito tanto com a mãe quanto com o bebê.
A mãe precisa se sentir capaz de protagonizar um desfecho favorável para ambos, e o bebê precisa experimentar o nascimento em toda sua complexidade e amplitude, pois esse momento será determinante para o desenvolvimento de todas as demais dimensões de sua vida, física e emocionalmente falando.
O profissional precisa ter transparência e isenção ao instruir a mulher sobre os tipos de partos para que ela possa escolher a melhor forma de dar a luz. O conhecimento adequado é sempre a melhor ferramenta!
A tendência na escolha pelo parto normal acontecerá naturalmente quando o esclarecimento vier à tona com dados da medicina baseada em evidências e a partir da relação de confiança estabelecida entre médico e gestante, aspecto determinante nesse processo.
Podemos fazer uso da tecnologia disponível, respeitando todo o processo evolutivo da natureza.